os braços e as pernas são o que
mais gosto nela. eles me prendem. e me soltam.
eu me perco. e me acho. e vice-versa.
outro dia ela me sentou entre suas pernas.
sensação de ter passado a vida ali
no meio. eu estou aprendendo a apaziguar
esses tumultos. eu preciso de paz.
e do silêncio em silêncio dentro de mim.
preciso voltar a ser quem eu era antes
de me meter entre as pernas dela.
ela me enfiou num vai e vem
de emoções e agora eu só saio em forma de palavra.
busco a palavra. encontro a palavra. construo um poema.
poema precisa sair como quem sai por aí a amar.
distraído.
eu e ela nos tornamos uma meia coisa.
ainda não sei se dá para amar ao meio.
eu preciso ouvir só hoje
aquela menina que mais me parece um espelho.
que insiste em dizer algo sobre
sagitário com lua em escorpião.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
E o espelho responde prontamente à menina, sem nem precisar consultar os astros, o centauro ou o escorpiao.
Veio contar que não há inteiro em meio a metades espalhadas.
Meio de caminho não é.
Terceira margem é vazio
Fazer do meio o lugar é so o subterfúgio do desejo e do medo .
Voce pode tao mais...
E quer mais também.
Senão o meio te bastaria e não seria assim meio.
Postar um comentário