O amor dos dois

O amor dele era um amor negro. O amor dela não tinha cor. Ela sempre olhava o amor assim por sempre amar demais. É aquela história de limites e definição, ela dizia. E amor não deveria mesmo ter cor. Nem cor nem tamanho. Só cheiro... Mas o que são aquelas cores misturadas no medo de ser o amor de alguém? Amor, não é? Então! E ela podia correr para o corpo que quisesse, mas sempre voltava para o mesmo colo. São os círculos da vida. Ele não sabia de amor até conhecê-la. Ela não sabia de amor até conhecê-lo. Nem ela nem ele nem Deus sabiam. Existia ali naqueles olhos um medo de amar demais. Naquele dia, ele virou para ela e disse: agora é primavera, amor. Deixa eu falar sobre as flores de hoje. Não existirá mais um coração em migalhas nem suor depois da cama nem pó de amor depois da cama, ele prometeu. Ouvindo aquilo, o coração dela batucava por debaixo do vestido curto e colorido, mas ele não notava o tamanho do vai e vem descompensado do peito dela. Ele não entendia muito de tamanhos e de cores. Só de cheiro, só dos cheiros dela...

5 comentários:

Lucelia Criatina disse...

Ann,sou eu... é ele. Somos nós.
Meu Deusssss....
Esmiuça mesmo este peito meu.
Que delíca saber que você me entende e compreende além das fronteiras da amizade.
Obrigada por usar sua inteligência sem par....pra mim,só pra mim.Que privilégio.
Realmente você é meu ORGULHO.

Mikaela Salachenski disse...

Sem palavras... Muito lindo o texto. Como sempre a Ana arrasando nos textos.. Esse amor, ah esse amor.. Branco e Preto...

cassia mari\ disse...

Cria minha,meu peito estufa de alegria,de saber que por trás de rosto fechado,existe uma doce ty.
Amo-te infinitamente.Do tamanho de DEUS.

cassia mari\ disse...

conseguiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Simone disse...

Olha Ty, em outros tempos eu diria que fiquei emocionada... Mas hoje, tô com ódio no peito. Ódio do amor seja ele preto, branco, colorido, com cheiro e sem cheiro... Quero é mais que vá ...
E quero vc, sem poesia, só pra desabafar. Dá?
Revolta!