Sinto neste momento meu corpo reagindo a sua ausência e você está tão presente aqui dentro de mim. Você nada neste mar que tanto chorei pra dentro e por sua causa hoje convivo com excesso de sal. Logo você que disse que a vida era doce levar. Me diz por que me sinto tão vazia quando penso em você, me diz? Aproveita e me ensina a parar de inventar esses amores que me consomem, me congestionam, me entopem. Que sufoco passar os dias sentindo o estômago e exigindo demais dos pulmões. Que sufoco sentir seu cheiro e abrir os olhos e ver outros olhos, que não os seus castanhos. Não bastava a solidão das músicas, dos seus livros preferidos? Não sei o que é desamor. Não sei sentir isso, meu amor. A vida não me ensinou a ser assim. Sou tola, esqueceu? Você ria doce. Ria tanto. Os olhos pequenos, os ombros curvados, as mãos no rosto e a dificuldade de voltar a bochechas ao normal. Parecia feliz. Estou triste.
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2 comentários:
Esse é o escrito mais bonito que eu li nos últimos tempos. Nestes dias cinzas, me fez ficar com o coração apertadinho...
Nossa, que lindo! Vc tem talento. Um abraço, Gisa.
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