é domingo.
você abre os olhos e não acredita. ela não está onde deveria, mas te sorri tímida do porta-retratos, que você não consegue expulsar da estante. os ponteiros marcam algo entre o número oito e o número nove, mas você não sabe quantas horas ainda faltam para aquela dor acabar. você acende um cigarro pra tentar diminuir a vida. na cama, travesseiros ocupam o lugar do corpo dela. lá fora chove a cântaros.
solidão.
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