Parei para te ver passar
como quem ultrapassa o vermelho
do medo
e o coração, de susto, salta pela boca.
Arregalei os olhos para o triz
que a melancolia se fez diante do meu corpo parado.
Vi que não há em mim nada mais
do que uma sepultura de amores
e tristezas
e uma vontade de que o corpo adormeça
nesse mesmo cemitério
de ossos que confessaram,
num domingo à tarde,
sentir amor.
Um comentário:
Ai.
Saudade.
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