Quando te olho enxergo mais do que deveria.
No cartão
Daria flores sem saber a preferência.
Um bilhete:
"Vai, moça, toma essas flores pro coração alegrar, pro dia sorrir, pra curiosidade despertar e pros sentimentos jamais se perderem por aí.
Os meus flutuam em total liberdade no peito.
Eu te amo."
Permanece.
E você me perguntava como eu conseguia te amar tanto. E tudo que eu esperava era que você não fosse embora. Nem no amanhã nem no depois de amanhã e nem no ontem. Tudo que eu queria era poder te chamar de meu amor pelas manhãs, em que eu acordava e contemplava o silêncio das sete. E de todos os meus desejos o que mais sobressaía era o de te amar pra sempre. E você foi, sem pedir licença, meio que me empurrando pelo caminho, me jogando contra a parede. Em câmera lenta pra sentir mais ou pra doer mais. Tanto faz. Saiu atropelando toda uma vida. Nossa vida. E o que dizer disso tudo, sendo que todos os dias eu acordo às sete, sob o calor do meu edredom, gritando “meu amor” pro meu reflexo no espelho?
Assinar:
Postagens (Atom)