Tristes minutos determinam o inicio da minha dor. Está chegando a hora do fim. Fecho os olhos na esperança de ouvir distante o murmúrio da lua se colocando entre as estrelas. Me encaro no vidro embaçado pelo meu próprio fôlego e deixo cair sobre meu peito meus dedos encharcados de aflição. Insisto em buscar uma fresta fresca para repousar meu tormento. Existe dentro de mim um buraco que fica entre a pele das costas e a pele do peito. Não há sangue frio correndo e nem batimentos. Existe lá dentro meus gritos ressonando em total furor. Canso um pouco da minha própria presença. Deito na cama e, sem permitir que meus cílios se encostem, durmo o sono dos injustiçados pelo amor.
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12 comentários:
E o amor não é sempre injusto?
A palavra amor, se mescla com dor...
triste?
Um bjo
Pois é. Fazer o que com tudo isso dentro do peito?
Bjo
Nusga!
"Existe dentro de mim, um buraco que fica entre a pele das costas e a pele do peito."
Adorei essa parte em especial!
Aquele sono intranquilo...
http://www.construcaodepalavras.blogspot.com/
meu novo blog.
bjos
Gabi
Essa tristeza conhecemos bem. Sensação que nem todos têm. Poucos sentem intensamente as injustiças desse tal de amor. Eu posso dizer que até hj não tive sorte com ele. Tudo está bem e de repente acaba. Relutava em concordar com Vinícius, mas agora pelo menos peço que seja infinito enquanto dure. Dói.
Mais uma vez um txt seu que tem a ver com o momento que eu estou vivendo.
Abração
Opa, voltou.... não some tanto adoro seus textos! bjos
Ann...vc é meu orgulho.
Obrigada por transformar aquilo que eu sinto, nesses versos de uma forma que eu nunca conseguiria traduzir algo que é de mim mesma.
Você é UNICA.
Em cada verso seu, eu a amo mais.
....."perguntar carece: Como não fui eu que fiz?" rs
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