Vinte e cinco.

Quando nos encontramos,
nossos peitos parecem papel dobrado ao meio
com poesia jogada pelos cantos.
Quando você vai embora,
o papel se corta
e enche com sinônimos de saudade.

Somos dois,
mas estamos sempre em um.

Proposta.

Meu compasso mora dentro dos seus dedos.
Faz de mim o que você quiser.

Me pega no colo com seus braços cheios de músculos.
Tira a minha força,
me deforma.

Tira a minha roupa
e me veste de você.

H.

Gosto quando a gente deita na cama. Fuma um cigarro. Conversa. Sorri. Faz manha.
Eu beijo sua bochecha. Você aperta as minhas.
Eu estalo em alegria e estrelas. A palavra silencia e depois eu te amo.
Como nunca.
Como sempre.

1, domingo às 16:34

Você não me beijou,
nem me deu bom dia
e já saiu pra trabalhar.
Trocamos de lugar.
Mas eu ainda estou te esperando
deitada na cama
porque,
apesar de parecer segunda,
pelos nossos feitos inconsequentes
e pelo dia nublado,
agora ainda é tarde de domingo,
meu amor.